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O Grupo Greenvolt chegou ao final dos primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 5,9 milhões de euros, beneficiando do forte crescimento dos negócios de energia eólica e solar.

Enquanto as receitas totais do Grupo Greenvolt atingiram os 267,9 milhões de euros, um aumento de cerca de 45,9% em termos homólogos e o EBITDA cifrou-se em 76,9 milhões até ao final de setembro de 2023.

A Biomassa gerou receitas de 122,8 milhões de euros, alcançando um EBITDA de 40,5 milhões, já as receitas do segmento de Utility Scale ascenderam a 100,3 milhões de euros. O EBITDA deste negócio cresceu de 5,7 vezes face aos primeiros nove meses de 2022.

Na Geração Distribuída, segmento estratégico para o crescimento do Grupo Greenvolt, registou-se também um forte crescimento tanto em termos de instalações como das receitas obtidas, num período de clara expansão”, refere João Manso Neto, CEO do Grupo Greenvolt.

Este segmento prossegue o forte crescimento, focado agora apenas no setor do Comércio & Indústria, num total de nove geografias. Registou um aumento de 145% nas receitas, sendo expectável que alcance o breakeven no último trimestre do ano.

Biomassa injeta 750 GWh na rede

Durante os primeiros nove meses do ano, as centrais de biomassa sustentável injetaram um total de 749,2 GWh de eletricidade na rede, menos 3% que no período homólogo.

Enquanto as centrais em Portugal mantiveram um forte desempenho operacional, no Reino Unido, onde o Grupo detém 51% da Tilbury Green Power, as receitas foram impactadas pela paragem programada, bem como pelos menores preços da eletricidade.

As receitas totalizaram 122,8 milhões de euros, uma redução de 16,9% face ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA excluindo custos de transação ascendeu a 40,5 milhões de euros, representando uma diminuição face ao período homólogo de 45%.

EBITDA do Utility Scale cresce quase seis vezes

No segmento de Utility Scale, as vendas de energia e de green certificates de parques em operação permitiram um forte crescimento das receitas, que mais do que compensaram a quebra verificada na Biomassa. Nos primeiros nove meses de 2023, as receitas totais deste segmento ascenderam a 100,3 milhões de euros, um crescimento de 4,9 vezes face ao período homólogo.

O EBITDA totalizou 38,8 milhões de euros, um crescimento de 5,7 vezes face aos primeiros nove meses de 2022, evolução explicada pela estratégia de rotação de ativos do Grupo Greenvolt. Estas operações contribuíram com cerca de 23,7 milhões de euros para o EBITDA.

Atualmente, o Grupo tem 18 parques solares em operação, representando um aumento da capacidade instalada em operação de 20 MW, 4 MW na Polónia e 16 MW em Portugal, num total de 189 MW.

O pipeline total de projetos ascende a 7,7  GW em 15 geografias. Deste total, a estimativa é que até ao final de 2023, estejam em RtB, construção ou COD cerca de 2,9 GW (incluindo 1,4 GW de soluções de armazenamento na Polónia). Atualmente, a Greenvolt, já detém um total de 1,3 GW pelo menos em RtB.

Geração Distribuída focada nas empresas

O Greenvolt tem como o objetivo continuar a desenvolver uma plataforma pan-europeia para o autoconsumo, que se caracteriza por oferecer soluções únicas para que as grandes empresas, com presença em múltiplas geografias. Atualmente, considerando a Alemanha, onde detém uma participação minoritária na Maxsolar, está já em nove países, agora focada no setor do Comércio & Indústria.

As receitas acumuladas dos primeiros nove meses de 2023 ascenderam a cerca de 49,8 milhões de euros, um aumento de cerca de 145% face ao período homólogo, impulsionado maioritariamente pela atividades mais estabelecidas em Portugal e Itália.

O EBITDA total do segmento, contudo, foi negativo em cerca de 2,8 milhões de euros, reflexo ainda dos custos de aceleração e expansão, nomeadamente nas novas geografias, mas considerando o sólido backlog de 184,8 MWp, o Grupo mantém o objetivo de atingir o breakeven no último trimestre do ano e está confiante que os resultados irão melhorar significativamente a partir de 2024.