O Grupo Greenvolt registou um crescimento de 23% nas receitas totais nos primeiros seis meses do ano para 139,1 milhões de euros, com o EBITDA a cifrar-se em 38,3 milhões de euros.
Os segmentos de Utility-Scale e Geração Distribuída apresentaram um forte contributo para o total do Grupo, com as receitas de Utility-Scale a crescerem mais de 190%, enquanto as da Geração Distribuída aumentaram em 108%.
A Biomassa passou a representar 57% das receitas, com o Utility Scale e a Geração Distribuída a aumentar o seu peso para 43%. Ao nível do EBITDA, a Biomassa apresentou 24,4 milhões de euros, o segmento de Utility Scale 17,5 milhões e a Geração Distribuída 3,6 milhões negativos, espelhando o esforço de expansão para outros mercados mas com Portugal e Itália a apresentarem contribuições positivas.
“Os resultados do primeiro semestre de 2023 traduzem a redução do EBITDA da Biomassa devido, sobretudo, aos menores preços spot no Reino Unido, já previstos, bem como a paragem programada da nossa unidade no Reino Unido”, refere João Manso Neto, CEO do Grupo Greenvolt. O resultado líquido atribuível à Greenvolt foi de 3 milhões negativos.
Biomassa residual injeta mais de 486 GWh na rede elétrica
Durante o primeiro semestre de 2023 foram injetados na rede 486 GWh gerados a partir de biomassa exclusivamente proveniente de resíduos, em linha com o mesmo período do ano passado.
No Reino Unido, onde o Grupo detém 51% da Tilbury Green Power, assistiu-se a uma diminuição dos preços de venda de eletricidade para valores que, ainda assim, continuam significativamente acima do previsto no Plano de Negócios inicial. Verificou-se também neste semestre a paragem programada desta unidade.
Neste contexto, as receitas totais registaram uma diminuição para 79,7 milhões de euros. Neste segmento, o EBITDA recuou 44,9% para 24,4 milhões de euros.
Utility Scale mais do que triplica receitas
No segmento de energia renovável solar fotovoltaica e eólica Utility Scale, o Grupo Greenvolt tem 169 MW em operação que injetaram cerca de 70,9 GWh na rede.
Reflexo das vendas de energia de parques em operação e de green certificates, bem como dos serviços de gestão de ativos, as receitas ascenderam a cerca de 24 milhões de euros, valor que compara com 8,3 milhões registados um ano antes.
O Grupo Greenvolt tem atualmente 798 MW pelo menos em RtB, de um pipeline que ascende a 7,7 GW em 15 geografias. Deste total, espera-se que, até ao final de 2023, estejam em RtB, construção ou COD cerca de 2,9 GW.
Forte crescimento na Geração Distribuída
Na Geração Distribuída, o Grupo Greenvolt está já em cinco geografias europeias, mantendo-se atenta a várias oportunidades de expansão geográfica, quer no autoconsumo individual quer no coletivo.
Durante o primeiro semestre de 2023, as instalações de autoconsumo totalizaram 32,1 MWp em Portugal, Espanha, Polónia e Itália, o que representa um crescimento de 87% face ao período homólogo, com as instalações através de PPAs a representar já cerca de 13% do total instalado. No final do período em análise, a Greenvolt detinha um backlog total de 165,7 MWp por instalar, dos quais 59,2 MWp através de PPAs. A Greenvolt tem atualmente projetos em construção com uma capacidade total contratada de cerca de 110 MWp, e espera-se que o ritmo de construção aumente significativamente durante a segunda metade do ano.
As receitas acumuladas do primeiro semestre de 2023 ascenderam a cerca de 38,5 milhões de euros, um aumento de 108% face ao período homólogo, tendo o EBITDA sido negativo em cerca de 3,6 milhões, reflexo ainda dos custos de aceleração e expansão do segmento observado nos últimos 12 meses, estimando-se, contudo, que no fim de 2023, o contributo para o EBITDA deste segmento seja positivo, no seguimento das medidas em implementação para aumentar o ritmo de instalações.